Um sinal, um simples sinal
Do regresso de tudo,
O retorno ao começo
Um susto velado por julgar irreal
Mas existe e tortura.Não...
Recuso o sinal quero apagá-lo
Mas não se extingue
Saltita brilhante
O calor de um corpo que choca no meu
O suor da derme que mistura salgado
Um escorrer líquido, gelado
É a alma inclusa, confusaA nádega, o seio, uma célula, um espírito
Arranca do êxtase a parte cerebral
O animal fraqueja, suspira e apaga
Volta o metafísico moral de gente
Inquieta-se o espírito
Fecunda-se a alma com a dúvida
E sofre-se, torna a sofrer-se.10/06/1993