Quando estamos felizes podemos estar a ferir alguém.
Não sejas extravagante na exibição da felicidade, por dois motivos. O primeiro é o mais obvio, a felicidade é um estádio passageiro e intermitente, é por isso muito fugaz. O segundo motivo é menos evidente, mas muito mais contundente, a inveja de terceiros. Eles podem fazer-te a vida negra, não vão descansar enquanto não te virem na mó debaixo, “Eu não disse que aquilo não durava muito, vês?”, "Era só fogo de vista..."
Eu acredito
que o mundo é constituído com base em antagonismos exactamente como definiu Heraclito
na sua dialética universal, em que tudo o que existe é fruto do equilíbrio que
resulta do confronto entre opostos.
Portanto sempre que nos sentimos felizes há alguém, algures
a sofrer com isso.
A nossa felicidade é invejada, causa desconforto nos outros
que não a vivem. É posta em causa, gera desconfiança e lança a duvida.
Aquele que demonstra o seu estado de alma aos quatro ventos é porque no fundo esconde qualquer coisa, lança-se a dúvida.
Aquele que demonstra o seu estado de alma aos quatro ventos é porque no fundo esconde qualquer coisa, lança-se a dúvida.
Quando a dúvida não resulta começa o processo de intriga e
má-lingua. Nesta fase inicia-se um afastamento silencioso mas nada respeitoso,
apenas estratégico.
Nos bastidores de tudo a ignorância vai fazendo o seu
caminho de mão dada com a arrogância da estupidez.
Mesmo aqueles a quem ajudaste não te reconhecem o mérito, apenas
te devolvem inveja e desprezo.
Sentem-se desrespeitados por não viveres na zona cinza da
vida, como eles.
O despeito que sentem leva-os a baloiçarem muito facilmente
entre um descabido excesso de auto estima e uma profunda insegurança nascida da
falta de amor-próprio.
Tenta afastar-te dessas pessoas. Se por motivos de força maior
tal não for possível, então só te resta uma saída, tens de largar essa opulência
sentimental e viver esses momentos para ti e para os teus, aqueles que
realmente te amam.
Não sejas extravagante na exibição da felicidade, por dois motivos. O primeiro é o mais obvio, a felicidade é um estádio passageiro e intermitente, é por isso muito fugaz. O segundo motivo é menos evidente, mas muito mais contundente, a inveja de terceiros. Eles podem fazer-te a vida negra, não vão descansar enquanto não te virem na mó debaixo, “Eu não disse que aquilo não durava muito, vês?”, "Era só fogo de vista..."
A felicidade deve ser vivida em recato e paz, sem
exibicionismo, senão a coisa pode correr mal. O sucesso incomoda os néscios.
As tristezas sim devem ser partilhadas. O fracasso desperta solidariedade. Essas pessoas gostam de
ver o outro em baixo, por dois motivos. O primeiro tem a ver com eles próprios,
sentem-se melhor porque existe outro que está bem pior. O segundo motivo porque
têm a oportunidade de oferecer ajuda, o que é uma boa forma de afagar o seu
ego, sentindo-se úteis.
Portanto o melhor é partilhares as tristezas e guardares os
momentos felizes para ti e para os teus.